Bem Vindos ao meu Blogue que pretende ir actualizando informações sobre as actividades que vou desenvolvendo ou ainda outras que vou tomando conhecimento e que envolvem a Viola da Terra.
Rafael Carvalho
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CORDAS DO MUNDO apresentado a 22 de Setembro na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada (BPARPD)
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O músico Açoriano Rafael Carvalho apresenta, a 22 de Setembro, o seu 6.º álbum a solo, intitulado CORDAS DO MUNDO, que nos leva numa viagem musical com a Viola da Terra por sonoridades de vários instrumentos e regiões do mundo.
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A apresentação decorrerá no dia 22 de Setembro, pelas 18:30, no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. A entrada é livre mas recomenda-se a reserva de lugar dadas as limitações impostas pela Direção Regional de Saúde devido à pandemia Covid 19. Podem fazer já a reserva para [email protected]
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O álbum conta com 14 faixas, todas instrumentais, com músicas que vão da América do Sul, à Itália, Escócia e Irlanda. Também não faltam os sons da Guitarra Clássica, do Alaúde, da Guitarra Portuguesa, as modas do Cancioneiro Açoriano e, para finalizar, originais de Rafael Carvalho para a Viola da Terra.
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O álbum será apresentado pelo Dr. João Paulo Constância seguindo-se um momento musical com Rafael Carvalho e a sua convidada Sofia Vidal. Para além disso, o músico Açoriano prepara algumas surpresas para esta sessão de lançamento.
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Com este trabalho musical, o seu 6.º álbum a solo, desde 2012, Rafael Carvalho apresenta até à data 20 originais para Viola da Terra, divididos pelos seus vários trabalhos, com o intuito de trazer mais repertório para o instrumento e uma maior exploração das suas capacidades melódicas, harmónicas e timbricas.
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Para além dos seus álbuns a solo, Rafael Carvalho tem ainda outros trabalhos editados: “Cantos da Terra” em 2010, com os Musica Nostra, grupo de que foi membro fundador em 2005. E, ainda, “Sons no Tempo”, em 2020, com o trio Origens, grupo formado em 2016. O músico conta ainda com colaborações em trabalhos musicais de Zeca Medeiros, Manuel Costa, Bia Noronha, Ronda da Madrugada, entre muitos outros
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CORDAS DO MUNDO conta com gravação por parte de Rafael Carvalho; Mixagem e Masterização de Luís Xavier; Concepção Gráfica por Rafael Carvalho e Sílvia Silveira, e Design Gráfico pela empresa AcoresPro/João Brandão. O álbum foi apoiado pelo Governo dos Açores através da Direcção Regional da Cultura.
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A pré-apresentação do álbum decorrerá em formato online, a 14 de Setembro, pelas 15:00, no Cordas World Music Festival, na página de facebook da Associação MiratecArts.
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Associação de Juventude Viola da Terra comemora 10 anos da sua fundação
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No passado Domingo, 20 de Dezembro, assinalaram-se os 10 anos da fundação oficial da Associação de Juventude Viola da Terra.
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Em Dezembro de 2010 um grupo de pessoas, quase todas da freguesia de Ribeira Quente e quase todos tocadores de Viola da Terra, formalizaram a criação da Associação de Juventude Viola da Terra. O objectivo foi de criar uma entidade que se dedicasse, exclusivamente, à formação, divulgação, valorização e promoção da nossa Viola da Terra.
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Ao longo de uma década esta Associação promoveu iniciativas com “Conversas à Viola”, “Encontro de Violas Açorianas”, “Orquestra de Violas da Terra”, “Violas do Atlântico”, “Serões de Viola da Terra”, “A Viola Que Nos Toca”, “Palco Aberto” e “Encontro de Escolas de Violas da Ilha de São Miguel”. Para além da colaboração anual na “Audição do Dia da Criança” da classe de Violas da Terra do Conservatório e, ainda, da organização da programação em São Miguel do “Dia da Viola da Terra”, nos últimos 2 anos, e colaboração com associações e músicos de outras Ilhas dos Açores que promovem o mesmo evento.
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O panorama que se vive hoje nos Açores, em torno da nossa Viola, e a dinâmica e valorização que a mesma tem recebido, é completamente diferente do que existia há 10 anos. Rafael Carvalho, responsável pela Associação de Juventude Viola da Terra, assume que o papel da Associação tem sido fundamental na sensibilização das pessoas e organizações para uma maior valorização da Viola e dos seus intervenientes. Para além disso, há sem dúvida uma marca deixada na Região pela Associação de Juventude Viola da Terra na última década que se reflecte na forma como hoje vemos a nossa Viola. A criação de uma “Temporada de Violas da Terra” por parte da Associação, com eventos ao longo de todo o ano, tem contribuído para esse objectivo. Esta entidade tem apoiado ainda vários músicos e grupos ligados à Viola, adquirindo os seus trabalhos para depois oferecer em eventos e escolas, tem ainda proporcionado a oportunidade a tantos e tantos músicos e projectos musicais de subirem aos mais diversos palcos.
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Ao mesmo tempo, a dedicação de outras Associações a eventos em torno da Viola da Terra, e a colaboração entre entidades, tem sido vital para o sucesso dessa valorização. A Associação MiratecArts, do Pico, criou o evento “CORDAS World Music Festival” há 5 anos, tendo como base a valorização da Viola da Terra.
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O próprio “Dia da Viola da Terra” nasce do “CORDAS” e há 2 anos que a comemoração desse dia tem alterado o panorama da Viola da Terra na nossa Região. Associação de Juventude Viola da Terra, Associação MiratecArts do Pico, Sons do Terreiro – Associação Cultural na Terceira, em conjunto com Renato Bettencourt em São Jorge, Tiago Pavão na Graciosa, Alexandre Fontes em Santa Maria, e muitos outros colaboradores, dinamizam esse dia e os resultados são muito importantes com um grande envolvimento de muitos músicos ligados à Viola da Terra e não só.
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Em 2020, ano em que a Associação comemorou o seu 10.º Aniversário, nem a pandemia impediu que a “Temporada de Violas da Terra” acontecesse. Com muita resiliência e inovação, eventos como “Violas do Atlântico - Décima Edição” e “Encontro de Violas Açorianas” decorreram em formato “online”, mas conseguiram atingir um público de milhares de internautas. Também o “Dia da Viola da Terra” manteve-se, com sessões em escolas, com o “Palco Aberto – Música Original”, e ainda com muitas outras iniciativas. Conseguiu-se provar que, com imaginação, persistência e muita boa vontade é possível inovar e continuar a mostrar que a nossa Viola e a nossa cultura está bem viva.
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Teatro Micaelense recebeu o concerto de encerramento do Dia da Viola da Terra
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Na passada 3.ª feira, dia 6 de Outubro, o Teatro Micaelense recebeu o concerto de encerramento das Comemorações do “Dia da Viola da Terra 2020”na Ilha de São Miguel.
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Carolina Constância no Violino, César Carvalho no Violão e Rafael Carvalho na Viola da Terra, apresentaram meia dúzia de temas do primeiro álbum, começando com “Rema” e “Lundum”, modas tradicionais Açorianas, passando depois pelo Fado e terminando com “El Açor” de Sérgio Ávila. A noite terminou com o Trio aplaudido de pé por parte de um público entusiasmado e que acarinhou todos os momentos do espectáculo.
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João Paulo Constância apresentou este trabalho musical, cativando o público com o seu humor e eloquência, referindo ainda a cumplicidade e amizade do trio sempre que está em palco e elogiando a qualidade da sonoridade musical e arranjos deste álbum bem como do trabalho de estúdio de Emanuel Cabral. Numa fase final fez referência à Viola da Terra, alguns dos seus protagonistas, e à sua importância na cultura popular Açoriana.
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O Salão Nobre do Teatro Micaelense esgotou para ouvir “Sons no Tempo”, o primeiro álbum do Trio Origens, com uma lotação também mais reduzida devido às restrições da Autoridade de Saúde.
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Antes do final do concerto, Rafael Carvalho, responsável pela Associação de Juventude Viola da Terra, fez um breve resumo dos eventos organizados pela Associação nestas comemorações do Dia da Viola da Terra 2020:
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Destacou as sessões que decorreram nas Escolas como momentos de enorme importância para que os alunos das nossas escolas tenham um contacto com a Viola da Terra e ganhem uma sensibilidade para um maior conhecimento sobre a mesma.
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Referiu a importância da Viola na nossa Literatura, que foi assinalada a 1 de Outubro na Livraria Letras Lavadas, numa tertúlia cultural que assinalou também o Dia Mundial da Música.
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Enalteceu a dedicação e o trabalho dos músicos Micaelenses que participaram no evento online “Palco Aberto – Música Original com Viola da Terra”. Este evento, inédito nos Açores, foi um momento de grande importância para incentivar os músicos a comporem para a nossa Viola da Terra, pretendendo, em 2021, estender-se a todo o Arquipélago.
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As comemorações do Dia da Viola da Terra na Ilha de São Miguel contaram, novamente, com uma programação muito diversificada, em diferentes formatos, adaptando-se às restrições da actualidade, mas continuando a apresentar uma grande riqueza de eventos e continuando a desafiar os músicos a apresentarem novas ideias. Entre livros e violas; entre alunos das nossas escolas dos 2 aos 20 anos, com o lançamento de um álbum musical; e em momentos de partilha online de música original com viola da terra, para público de todo o mundo, foi possível, mais uma vez, mostrar que a nossa Viola está bem viva.
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Estas Comemorações contaram com o apoio do Governo dos Açores e com a colaboração na divulgação pela Associação MiratecArts e Associação Cultural Sons do Terreiro.
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Encontro de Violas Açorianas a 15 de Julho em formato ”online”
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O Encontro de Violas Açorianas promovido pela Associação de Juventude Viola da Terra desde 2011 vai decorrer este ano numa emissão “online”, já no próximo dia 15 de Julho.
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Este evento tem contribuído para uma aproximação dos Tocadores de Viola da Terra dos Açores e para um maior conhecimento da riqueza e diversidade do repertório e das técnicas de execução associadas à nossa Viola.
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Em 2020 o Encontro conta, pela primeira vez, com tocadores de 6 Ilhas dos Açores: Alexandre Fontes (Santa Maria), Bruno Bettencourt (Terceira), Fábio Silveira (Pico), Rafael Carvalho (São Miguel), Renato Bettencourt (São Jorge) e Tiago Pavão (Graciosa). Para Fábio Silveira, do Pico, e Tiago Pavão, da Graciosa, esta é a primeira vez em que participam neste Encontro de Violas.
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Os músicos apresentar-se-ão a solo, com um testemunho do seu percurso e, até, dos contextos em que a Viola da Terra se toca nas suas Ilhas, demonstrando que há diferentes técnicas de execução da Viola nos Açores: “Ponteado” com o polegar, “Rasgado”, e “Ponteado” com o indicador. Entretanto os 6 músicos estão a preparar, mesmo à distância, momentos musicais em conjunto, onde se ouvirá o som de Violas de 6 Ilhas dos Açores.
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O Encontro de Violas Açorianas é um dos mais antigos e mais importantes eventos organizado pela Associação de Juventude Viola da Terra, uma vez que promove a troca de conhecimentos entre tocadores de diferentes ilhas servindo, ainda, de forma de motivação para o trabalho que cada um desenvolve na sua ilha ao longo do ano.
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Na passada 4.ª feira a Associação de Juventude Viola da Terra promoveu o concerto da 10.ª Edição do Festival “Violas do Atlântico”, também em formato online, e a emissão foi um sucesso que superou todas as expectativas, com um alcance que ultrapassou as fronteiras da Região e num concerto que, pelas colaborações que teve, já faz parte da história da Viola de Arame de Portugal e do Brasil.
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Deste modo, mantendo este formato “online”, como recurso dos tempos em que todos vivemos, no dia 15 de Julho, pelas 20:30, na página facebook.com/aj.violadaterra será emitido este concerto, que é mais um importante momento de encontro na história da Viola da Terra.
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O evento conta com o apoio do Governo dos Açores.
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Viola “Micaelense” e Viola “Terceirense”
em encontro histórico
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As Violas Açorianas de 12 e de 15 cordas terão um encontro muito especial na 10.ª edição do Festival “Violas do Atlântico”. O evento decorrerá online, já na próxima 4ª feira, dia 1 de Julho, e dá especial destaque a estes dois tipos de Violas Açorianas.
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Rafael Carvalho, de São Miguel, e Bruno Bettencourt da Ilha Terceira, prepararam uma colaboração musical muito especial onde apresentarão, em conjunto, modas tradicionais de São Miguel e modas tradicionais da Ilha Terceira, demonstrando a versatilidade e riqueza dessas Violas ao tocarem em conjunto “Os Bravos”, o “Balho da Povoação”, um “Pezinho Velho” ou ainda “A Favorita”.
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Esta fusão musical, em dueto, é de facto inédita na história das nossas Violas e pretende ser uma ponte para um maior diálogo entre os tocadores de Violas das duas Ilhas. Acima de tudo, a mensagem que se deseja transmitir é que estes instrumentos complementam-se e são mais ricos e mais fortes quando tocam a uma só voz, defendendo a nossa cultura popular pelos sons das nossas raízes.
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Estes dois modelos de Violas, de 12 cordas e de 15 cordas, têm sido denominados de modo generalista, por diversos investigadores, como “Viola do tipo Micaelense” (por ter 12 cordas e abertura em forma de 2 corações) e “Viola do tipo Terceirense” (pelas suas 15 cordas e abertura circular). No entanto, a Viola de 12 cordas é um tipo de viola comum a todas as Ilhas do Arquipélago, com maior ou menor expressão de acordo com o contexto cultural de cada Ilha. Por seu lado, a Viola de 15 cordas, é um instrumento cuja origem remonta à Ilha Terceira, mas que é tocada por alguns músicos, também, nas Ilhas Graciosa e de São Jorge.
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O objectivo do “Violas do Atlântico” é de promover o diálogo entre os tocadores de Viola de Arame, contribuindo para a valorização e promoção da nossa Viola dentro e fora da Região. Por esse motivo esta 10.ª edição contará com testemunhos de músicos que passaram pelas várias edições como Amadeu Magalhães (Viola Toeira), Chico Lobo (Viola Caipira), José Barros (Viola Braguesa), Pedro Mestre (Viola Campaniça) e Ricardo Fonseca (Viola Beiroa).
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Nestas 10 edições tivemos ainda a participação especial de muitos músicos, como Catarina Rangel em 2011 (voz), Lázaro Raposo em 2012 (percussão), Anita Medeiros e Micaela Sousa em 2013 (voz, violão e violino), Ana Paula Andrade em 2015 (Piano), César Carvalho em 2016 (Violão) e ainda a Escola de Violas da Ribeira Quente e a Escola de Violas da Fajã de Baixo em alguns anos do evento. Ao mesmo tempo é de enaltecer a colaboração de todas as entidades que tornaram possível, na última década, a realização anual deste Festival.
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O Concerto, produzido pela Associação de Juventude Viola da Terra e com apoio do Governo dos Açores, será transmitido a 1 de Julho, pelas 20:30, em facebook.com/aj.violadaterra.
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10.ª Edição do Violas do Atlântico decorre a 1 de Julho online
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A 10.ª edição do Festival “Violas do Atlântico” decorrerá a 1 de Julho com a partilha online do encontro entre a Viola de 15 Cordas e a Viola de 12 Cordas Açorianas.
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O Concerto será transmitido a 1 de Julho, pelas 20:30, na página de Facebook da Associação de Juventude Viola da Terra: facebook.com/aj.violadaterra.
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Bruno Bettencourt na Viola de 15 Cordas e Rafael Carvalho na Viola de 12 Cordas irão apresentar a nossa Viola da Terra, as suas características: diferenças físicas, diferenças de afinação e diferentes técnicas de execução. Alguns temas serão tocados em conjunto, num trabalho que está sendo preparado à distância, e que pretende demonstrar que essas Violas, mesmo com algumas diferenças, complementam-se, sendo uma enorme riqueza para a cultura popular Açoriana.
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O evento iria decorrer a 30 de Junho e 1 de Julho, em São Miguel, mas foi alterado para um "formato online" devida à Pandemia.
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O evento contará com importantes testemunhos de excelentes músicos que passaram nas várias edições do "Violas do Atlântico": Amadeu Magalhães (Viola Toeira), Chico Lobo (Viola Caipira - Brasil), José Barros (Viola Braguesa), Pedro Mestre (Viola Campaniça) e Ricardo Fonseca (Viola Beiroa).
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Durante estes 10 anos este evento tem sido um contributo extraordinário para a história actual das Violas de Arame proporcionando encontros e duetos que nunca tinham acontecido, para além de promover a valorização e revitalização da Viola de Arame.
Esta décima edição pretende homenagear a riqueza da nossa Viola da Terra, de 12 e 15 cordas, sendo uma produção da Associação de Juventude Violas da Terra, contando com o apoio do Governo dos Açores por intermédio da Direcção Regional da Cultura, Direcção Regional da Juventude e Direcção Regional do Turismo.
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Um Natal à Viola
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Este álbum de Natal é um sonho de muitos anos tornado agora realidade.
Com 14 faixas, “Um Natal à Viola” começa numa viagem musical pela minha infância, com músicas que ouvia e cantava, em casa ou na Escola, e que faziam parte do nosso dia-a-dia nas festas de Natal.
A Viola toca nesta altura do ano pelas ruas da Ribeira Quente, acompanhando o “Menino Jesus” ou em ramboias que percorrem as casas de familiares e amigos.
É assim o Natal na minha freguesia bem como em muitos locais das nossas 9 Ilhas, do nosso País e das Comunidades Açorianas.
O álbum inclui um tema original, “Um Natal à Viola”, que compus há mais de duas décadas, agora adaptado para a Viola da Terra.
A Viola é companheira e confidente, ao longo de todo o ano, e tem uma presença muito especial nesta época festiva. “Um Natal à Viola” regista algumas dessas memórias e vivências.
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As Faixas:
1. O Menino está dormindo (Évora) - 2. Noite de Natal (Castelo Branco)
3. Eu hei de m’ir ao presépio (Elvas) - 4. Da serra veio um Pastor (Madeira)
5. Cantar ao Menino Jesus (São Miguel) - 6. Noite Feliz (Franz Gruber)
7. Linda noite de Natal (Castelo Branco) - 8. Eu hei-de dar ao Menino (Évora)
9. Os Reis - Quando o Menino Nasceu (São Miguel)
10. Beijai o Menino (Trás-os-Montes) - 11. Adeste Fideles (John Wade)
12. Moda do Menino (Ribeira Quente) - 13. Meia-noite dada (Madeira)
14. Um Natal à Viola (Rafael Carvalho)
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Encomendas por email:
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Os meus outros trabalhos:
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Rafael Carvalho prepara CD de Natal
em Viola da Terra
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“Um Natal à Viola” será o título do novo álbum que o músico Açoriano Rafael Carvalho está a gravar e que será apresentado em Novembro e Dezembro deste ano, em alguns concertos que estão a ser agendados.
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O CD contará com 14 faixas instrumentais executadas em Viola da Terra, a solo, sendo quase todas modas tradicionais de Natal.
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Na passada terça-feira, em entrevista ao programa de rádio “AlternativAzores” da autoria de João da Ilha, Rafael Carvalho anunciava em primeira mão esta novidade, referindo, ainda, que gravou também um tema de Natal, original seu, para fechar o CD.
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O trabalho pretende registar modas tradicionais portuguesas que o músico ouvia e cantava na sua infância, na escola ou em casa, por ocasião da quadra Natalícia, mas inclui também canções que são comuns ouvir-se pelas ruas da Ribeira Quente naquela altura do ano.
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O músico regista ainda duas modas associadas ao Natal Madeirense, como resultado de uma pesquisa e adaptação do trabalho de recolhas dos “Xarabanda”.
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Rafael Carvalho já tinha revelado, há muitos anos, o desejo de concretizar um trabalho com estas características, colmatando esta necessidade existente nos Açores, de um trabalho instrumental em Viola da Terra com músicas de Natal.
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Ao mesmo tempo, contribui para o registo e preservação de mais repertório para o instrumento, bem como da valorização da riqueza do nosso Cancioneiro associado a esta quadra festiva, com cantigas ao Menino Jesus, cantigas de Reis, ou apenas à Noite de Natal, onde a Viola da Terra tocava e toca, emprestando a sua bonita sonoridade a uma das alturas mais especiais do ano.
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Este será o quinto álbum do músico e compositor Açoriano que editou “Origens” em 2012, “Paralelo 38” em 2014, “Relheiras” em 2017 e “9 ilhas, 2 Corações” em 2018.
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Rafael Carvalho disponibiliza online
“Método para Viola da Terra – Iniciação”
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O Professor e Músico Açoriano Rafael Carvalho disponibilizou online, para download gratuito, o seu Livro “Método para Viola da Terra – Iniciação”.
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O Livro pode ser descarregado no site www.scribd.com:
(https://pt.scribd.com/document/423124721/Metodo-Para-Viola-Da-Terra-Iniciacao?fbclid=IwAR2kr-6HYjSrUAW8yayBQqDwu5whRg6oS9IgR0ZHZPoN2YMrSKQeDIElrSo) considerado como “a maior biblioteca digital do mundo”.
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e está ainda disponível em www.issuu.com:
(https://issuu.com/r_c_carvalho/docs/m_todo_para_viola_da_terra_inicia__o?fbclid=IwAR2BNnpKe0yFaVkLGKPKMBqisOop7kwV88Gk1smAKvOJShlFLTc5NS3pVqk) para consulta e impressão. Pela grande quantidade de documentos carregados nesses sites o músico recomenda que visitem o seu site pessoal em www.violadaterra.web.com onde encontrarão mais rapidamente os links directos para o Livro.
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Rafael Carvalho editou o “Método para Viola da Terra – Iniciação” em 2013 como resultado de 5 anos de ensino no Conservatório Regional de Ponta Delgada e pela necessidade de fornecer aos alunos do Curso de Iniciação de Viola material didático até então inexistente na nossa Região e no nosso País.
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O livro apresenta a Viola, as posições do corpo e das mãos, a afinação, as notas musicais e exercícios introdutórios à prática musical, passando depois para melodias infantis simples e para algumas modas tradicionais. Todas as partituras do livro têm apoio de vídeos online que podem ser acedidos através do telemóvel por intermédio de “códigos qr”. No final do livro encontra-se um mapa de acordes nas duas afinações utilizadas nos Açores (viola de 12 cordas) que não fazia parte da edição inicial mas que foi agora acrescentado para a versão online.
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Para além desse livro Rafael Carvalho editou em 2015 o “Método para Viola da Terra – Básico” e em 2016 o “Método para Viola da Terra – Avançado”, como edições de autor e subsidiadas pelo próprio, produzindo material pedagógico que tem sido a base de ensino da Disciplina na Escola onde lecciona. Ao mesmo tempo estes manuais têm ajudado interessados e estudiosos em várias partes do mundo a aprender a tocar Viola da Terra.
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Professor contratado, há 11 anos, teve a responsabilidade de estruturar o Curso Básico do instrumento, para o qual não havia nenhuma definição nem orientação. Fez depois parte da equipa que elaborou a proposta do Curso Secundário de Viola da Terra na Região, aprovado desde o ano lectivo 2017/2018, tendo sido o primeiro músico em Portugal a submeter-se a um exame de Viola de Arame no 5.º Grau e depois no 8.º Grau.
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Em Março deste ano Rafael Carvalho já tinha disponibilizado no seu canal de Youtube,
“carvalhorafa1980”: https://www.youtube.com/user/carvalhorafa1980" target="_blank" rel="nofollow">https://www.youtube.com/user/carvalhorafa1980, o seu primeiro CD a solo “Origens”, editado em 2012. Segue-se agora a disponibilização do seu primeiro livro, com esta calendarização pensada para antes do início do ano lectivo, como forma de fornecer a todos os interessados material de estudo que possa auxiliar na aprendizagem da nossa Viola da Terra.
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Alexandre Fontes e Sofia Vidal no primeiro “Recital Livre”
de Viola da Terra no Conservatório
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Alexandre Fontes e Sofia Vidal apresentaram-se na passada 6.ª feira, dia 17 de Maio, no seu primeiro Recital, acompanhados pelo Professor Rafael Carvalho ao Violão e Interpretaram peças de António Jobim, Carlos Paredes, Casimiro Ramos, Fado de Coimbra, Rafael Fraga, Benito Cabrera e ainda peças do Repertório Instrumental da Viola da Terra e do Cancioneiro Português.
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Este foi o primeiro “Recital Livre” de Viola da Terra realizado no Conservatório, nos 36 anos de ensino da Viola na Instituição, tendo havido um primeiro Recital no ano lectivo anterior, mas como conclusão do primeiro Curso Secundário de Viola da Terra e inserido na Prova de Aptidão Artística.
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Foi importante para estes dois alunos poderem apresentar-se perante colegas e familiares e demonstrarem o resultado do trabalho e esforço diário que investiram no estudo das obras apresentadas.
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Foi muito importante, também, para os alunos que assistiram, de modo a sentirem-se motivados e inspirados para continuarem a estudar o instrumento para que possam, um dia, apresentar o seu próprio Recital.
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Para a aluna Sofia Vidal, aluna da Escola desde os 6 anos de Idade, foi um momento especial por poder ter um momento de valorização do esforço dos seus 9 anos de estudo da Viola da Terra. Foi também uma forma de preparação para Recitais futuros com vista à Conclusão do Curso Secundário dentro de 2 anos.
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Para o aluno Alexandre Fontes foi a primeira oportunidade de se apresentar a solo numa Audição, o que exigiu um grande esforço e força de vontade, que foi recompensado pelo carinho como foi recebido pelo público e familiares presentes.
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A diversidade do Programa musical apresentado foi grande demonstrando uma maior exploração da Viola da Terra e de estilos musicais que o instrumento, até há alguns anos, não abordava.
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Sofia Vidal, Alexandre Fontes e Ana Paula Andrade (Directora do Conservatório)
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A participação destes dois alunos, cujo percurso passa por metodologias e escolas de ensino diferentes, foi também um momento de grande complementaridade entre estratégias de ensino e de estudo, resultando num Recital muito rico e variado.
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Alexandre Fontes e Sofia Vidal
em Recital de Viola da Terra
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O Conservatório Regional de Ponta Delgada recebe na próxima 6.ª Feira, dia 17 de Maio, pelas 18:30, um “Recital de Viola da Terra” com Alexandre Fontes e Sofia Vidal.
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Alexandre Rui Reis Fontes é Natural de Santa Maria e tem 23 anos. Com 13 anos aprendeu os primeiros Acordes na Viola com o Pai, tendo ainda aprendido algumas "modas" tradicionais Marienses com a Avó Paterna, também tocadora de Viola. Continuou os seus estudos da Viola, desde aí, como autodidacta.
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Integrou o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Santo Espírito aos 12 anos, como tocador de Violão, passando para a Viola da Terra no ano seguinte. Em Santa Maria tem participado em muitas outras tradições como o "Cantar aos Reis", os "Balhos Tradicionais" e as "Desgarradas". Frequenta a Escola de Violas da Fajã de Baixo desde Outubro de 2018.
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Sofia Andrade Vidal é natural de São Miguel e tem 15 anos. Começou a aprender Viola da Terra aos 6 anos no Conservatório Regional de Ponta Delgada na classe do Professor Rafael Carvalho. No ano lectivo de 2017/2018 concluiu o Curso Básico de Viola da Terra tendo integrado o Quadro de Mérito da Escola nos 5 anos do Curso.
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Integra a Orquestra de Violas da Terra desde a sua formação, em 2011, e o Rancho Folclórico Santa Cecília desde os 11 anos. Actualmente frequenta o 6.º grau de Viola da Terra e da Classe de Conjuntos de Violas da Terra do Conservatório.
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Os dois músicos irão apresentar-se na Viola da Terra acompanhados pelo Professor Rafael Carvalho ao Violão. Irão interpretar peças de António Jobim, Carlos Paredes, Casimiro Ramos, Rafael Fraga, Benito Cabrera e ainda peças do Repertório Instrumental da Viola da Terra e do Cancioneiro Português.
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O evento é de entrada livre e decorre na Sala Margarida Magalhães de Sousa.
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X Aniversário da Classe de Conjunto de Violas da Terra em ambiente de Festa
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Na passada 3ª feira, dia 7 de Maio, a Classe de Conjunto de Violas da Terra do Conservatório comemorou o seu 10.º aniversário num ambiente familiar e de grande festa no Auditório Luís de Camões.
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Carolina Furtado, Guilherme Rodrigues, José Ferreira, Luís Pires, Maria Ana Rocha, Simão Dias, Sofia Vidal e Tomás Soares são os 8 alunos que frequentam a Classe no presente ano lectivo e apresentaram peças como “Marião”, “Romance Açoriano”, “Haja o que houver” e “Vira(s)” acompanhados por Rafael Carvalho, professor da disciplina.
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A aluna Alexandra Pacheco, na voz, e as alunas Clara Freire e Inês Alves, na Flauta Transversal, fizeram uma participação especial com a Classe de Conjuntos na música “Dona Infanta”, peça do Romanceiro Português com arranjo feito especialmente para a ocasião.
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Para a apresentação da música tradicional Irlandesa “Brian Boru’s March” subiram ao palco os alunos de Violino Filipe Mourato, Ana Dias, Júlia Silva, Simão Silva e Vitória Carvalho e a aluna de Viola d´Arco Matilde Rodrigues.
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Numa segunda parte do concerto as antigas alunas da Classe de Conjuntos Beatriz Leite, Madalena Antunes e Mariana Martins juntaram-se aos restantes colegas para tocar a peça “A 3 Violas”, música original da Classe, composta em 2011 e que veio depois a ser tocada pela Orquestra de Violas da Terra da Ilha de São Miguel tornando-se, desde essa altura, no Hino da Orquestra. Seguiu-se o “Sol baixo” com a participação dos alunos André Varão e Gonçalo Medeiros e do professor Vasco Chamusco na Percussão.
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Para finalizar o evento o palco encheu-se com os alunos do “Coro Infantil” sob a Direcção Musical de Ana Paula Andrade e ainda de Miguel Batista no Piano. O Coro interpretou 3 modas tradicionais Açorianas: “Bela Aurora”, “Balho o Santa Maria” e “Tanchão”, com muita energia e a alegria característica das nossas crianças.
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Depois de se cantar os parabéns todos puderam confraternizar comendo o bolo que foi confecionado pela Insco que colaborou também com o evento.
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No local esteve ainda um expositor com muitas fotografias destes 10 anos da classe e das inúmeras actividades em que participaram.
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Participaram alunos de vários Departamentos da Escola, das Classes dos Professores Ana Paula Andrade, Cármen Subica, Jacinto Neves, Mariana Leite, Rafael Carvalho, Sílvia Oliveira e Vasco Chamusco, havendo ainda o apoio técnico por parte do Professor Emanuel Cabral e apoio de palco do funcionário Fernando Cunha, para além da colaboração de vários funcionários da Escola na logística do evento.
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A comemoração deste 10.º Aniversário da Classe de Conjuntos foi ainda a melhor forma de se iniciarem os eventos da Temporada de Violas da Terra 2019, promovida pela Associação de Juventude Viola da Terra, e que se associou assim ao Conservatório Regional de Ponta Delgada para a organização do evento.
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X Aniversário da Classe de Conjunto
de Violas da Terra
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A Classe de Conjuntos de Violas da Terra do Conservatório Regional de Ponta Delgada comemora, no presente ano lectivo, o seu 10.º Aniversário. A efeméride vai ser comemorada com um Concerto pela Classe, com muitos Convidados, que decorrerá a 7 de Maio, pelas 18:30, no Auditório Luís de Camões.
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Actualmente, com 8 alunos, a Classe de Conjuntos de Violas da Terra começou e ser lecionada há 10 anos por proposta do Professor Rafael Carvalho com o intuito de dar um maior complemento formativo aos alunos do Curso Básico e Secundário de Viola da Terra que estavam a frequentar as Classes de Coro ou de Conjunto de Flautas.
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Nestes 10 anos a Classe tem participado em inúmeras Audições de Classe e ainda em várias Audições de Natal e Carnaval onde participam as Classes de Conjuntos da Escola, bem como no Festival de Coros e Orquestras.
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A Classe tem feito ainda apresentações em alguns Congressos na Universidade dos Açores, colaborou com o Centro Regional de Apoio ao Artesanato no Festival “A Prenda”, em “Serenatas às Estrelas”, e participou em eventos em colaboração com instituições a que os alunos da classe pertencem, como Escuteiros, grupos de Jovens e Finalistas.
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Participou nas 3 edições do “Encontro de Escolas de Violas da Ilha de São Miguel e, no final do ano lectivo passado, na Recepção da Presidência do Governo dos Açores ao Presidente da República, no jardim do Palácio de Santana. Tem colaborado com outras Classes da Escola com relativa frequência.
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Entre os anos lectivos 2014/2015 e 2016/2017 a Classe de Conjunto de Violas da Terra funcionou em junção com a Classe de Conjunto de Guitarra Clássica, esta orientada pela Professora Gianna De Toni, tendo realizado apresentações em Audições de Classe, nas Audições de Conjuntos da Escola, na primeira edição do “The Music World Festival”, no Festival “O Conservatório sai à rua”, e, ainda, em algumas iniciativas da Classe como “A música vai ao mercado” ou o “Happening!” na escadaria do Hall de Entrada da Escola. Actuou, ainda, na sessão do 52.º Aniversário do Conservatório Regional de Ponta Delgada.
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A 7 de Maio a Classe de Conjunto de Violas da Terra fará o Concerto Comemorativo do seu 10.º Aniversário onde apresentará um repertório diversificado. O evento contará com a participação especial de alunos dos vários Departamentos da Escola contando com alunos de Canto, Flauta, Percussão, Piano, Violino e Viola e com a presença do Coro Infantil do Conservatório. Também estarão em palco antigos alunos da Classe de Violas da Terra.
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O evento é uma Organização do Conservatório Regional de Ponta Delgada e da Classe de Viola da Terra e contará com a colaboração da Associação de Juventude Viola da Terra, sendo o primeiro evento oficial da “Temporada de Violas da Terra 2019”.
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Entrevista para o Açoriano Oriental -
Rubrica "Bastidores"
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Rafael Carvalho
Quando se fala em Viola da Terra é, praticamente impossível, não falar de Rafael Carvalho e da sua importância como um dos principais (senão mesmo, o principal) impulsionador do instrumento na região.O seu trabalho de recolha e pesquisa, por toda a região, valeu-lhe a edição de 3 livros e 4 discos, entre modas e temas da região bem como originais do próprio.O passado, o presente e o futuro, são abordados na entrevista que se segue.
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Aos 38 anos de idade contas 3 Livros, 4 discos e inúmeras colaborações em diversos trabalhos. Isso faz com que o balanço seja positivo, no mínimo. Concordas?
Sim. O balanço que faço do meu percurso musical, principalmente na última década, é muito positivo e tem ultrapassado todos os meus sonhos e expectativas nessa área.
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Tudo isso, em prol da Viola da Terra ou Viola de Arame. A paixão mantém-se, como no princípio?
Sim. A paixão vai-se renovando de outras formas. No início o entusiasmo era aprender uma moda nova, um acorde novo. Tudo fascinava. Hoje, mantenho a vontade de continuar a aprender, todos os dias, mas, também, divulgar, ensinar, experimentar coisas novas e parcerias diferentes.
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Qual ou quais os momentos que mais te marcaram?
É difícil definir um momento, num percurso de 25 anos ligado à Viola da Terra, pois todos têm a sua importância e têm contribuído para a consolidação do meu trabalho e de quem sou. Mas posso destacar a primeira vez que subi ao palco como solista no Grupo Folclórico da minha Freguesia, ter a minha primeira Viola, editar o meu primeiro CD a solo, a primeira entrevista a um jornal, a primeira ida à rádio e televisão, ter tocado em todas as Ilhas dos Açores. São tudo momentos marcantes. Depois disso, muita coisa tem acontecido, mas, acredito, devido a um trabalho sério de base e ao apoio das pessoas certas.
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Consideras haver, ainda, factos desconhecidos sobre a nossa viola em termos existenciais?
Sim. Sobre a Viola de Arame em Portugal e sobre a nossa Viola nos Açores há pormenores da sua evolução histórica e estrutural que ainda não dispomos. Há ainda muito a aprender e também muito a divulgar sobre o que, realmente, conhecemos.
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A tua investigação ao nível musical, por todas as ilhas, tem surtido o efeito que desejavas ou julgas haver mais matéria “escondida”?
Estamos sempre a aprender coisas novas e fascinantes. Há muita “matéria escondida” nas nossas Ilhas para dar a conhecer. Modinhas que se tocam, cantam e dançam, abordagens técnicas à Viola, diferentes formas de a encordoar, de a construir, tradições de determinados lugares que são praticamente desconhecidas e que estão vivas como no passado. Há tanto para aprender e para descobrir e tão pouco tempo para o fazer. Isto representa uma riqueza e diversidade tão grandes que me ajuda a estar sempre motivado.
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Tens noção de quantos alunos já ensinaste até hoje?
Não. Mais de uma centena, certamente. Claro que me irão perguntar por onde eles andam? Mas, nem todos os que aprendem têm a vontade de ser solistas num grupo folclórico ou de se apresentarem em palco ou em outros contextos. Aprendem por gosto e para tocarem em casa ou em momentos de convívio familiar. Muitos saíram para continuar estudos, alguns foram desistindo. O importante é deixar a semente do gosto pela nossa Viola e pelas nossas tradições e dar as ferramentas para que possam ser autónomos na sua aprendizagem e evolução musical.
Até tenho ensinado, indirectamente, com os meus vídeos no Youtube e com os meus manuais, por exemplo. Um tocador de piano, amador, do Havai, aprendeu a tocar Viola da Terra com os meus Manuais. Recentemente, um músico do Canadá, recuperou a Viola da Terra do avô e aprendeu com os meus Livros para poder tocar para a família no Natal. Mandou-me uma mensagem comovido.
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O aluno da viola terra é diferente do aluno de guitarra clássica ou bandolim, por exemplo?
A meu ver, não. Um aluno que quer aprender um instrumento musical tem de ser motivado da mesma forma e tem de se empenhar na aprendizagem para conseguir evoluir. Cada instrumento tem depois as suas características e particularidades, as suas técnicas e as suas dificuldades, mas a base musical é a mesma. Um aluno que aprende um instrumento de cordas tem, ainda, mais facilidades em, depois, se adaptar a outro instrumento de cordas. A Viola da Terra por ter 12 ou 15 cordas não é mais difícil do que a Guitarra Clássica que tem 6 Cordas. São diferentes abordagens, apenas. A dificuldade está, depois, nos objectivos pessoais de cada um e naquilo que se propõem a atingir.
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Os teus discos têm, para além da componente histórica das ilhas, a componente original. A nossa história inspira-te?
Sim. A nossa história, a nossa natureza, a nossa vivência. As nossas Ilhas são especiais e fonte de inspiração. Tudo isso contribui para que goste de tocar a nossa música tradicional e para que faça os meus próprios arranjos e variações sobre esta mas, ao mesmo tempo, para que tenha conseguido compor a minha música original para Viola da Terra.
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Há quem te veja como o principal impulsionador da Viola da Terra na região, nos últimos 20 anos. Vês isso como uma responsabilidade acrescida?
As pessoas que assim o possam pensar, fazem-no por me verem, continuamente, a produzir eventos, a ensinar, a tocar e a divulgar a nossa Viola. Faço-o por gosto, pelo amor à Viola, aos meus alunos, às nossas Ilhas e dou continuidade ao trabalho de muita gente que se dedicou a esta causa ao longo de décadas. Há uma responsabilidade diária em tudo o que faço, a necessidade de fazer com seriedade e honestidade. Isso vem do berço, da educação que os meus pais me deram e aos meus irmãos. Por ser um dos rostos da Viola da Terra da geração actual, claro que há uma grande responsabilidade inerente e exigência por parte das pessoas. A minha postura tem sido, sempre, de colaborar com toda a gente e de respeitar todos.
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Certamente, existe vida para além da viola da terra. A pergunta que se impõe é; que outros estilos de música, ou artistas ouves nos “tempos livres”?
Sim, existe uma vida para além da Viola da Terra, em poucas horas vagas… Ouço muita música no carro ou quando estou a cozinhar (lol). São os meus momentos de maior consumo de música em modo de relaxamento. No carro ouço muita música ligada à Viola, cavaquinho, Bandolim, como Almir Sater, Chico Lobo, Amadeu Magalhães, principalmente, mas também os nossos grupos dos Açores como Myrica Faya, Tributo, Ronda da Madrugada, entre outros. Mas em casa gosto de cozinhar ouvindo Sufjan Stevens, Labi Siffre, Jackson C. Frank., Scorpions, Queen, Green Day, Def Leppard, Snow Patrol são também parte da minha playlist.
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O teu irmão, César Carvalho, é o músico que melhor te conhece e, como tal, é o teu principal parceiro de projectos ou vai para além disso?
Eu e o meu irmão começamos a aprender Violão com o nosso Pai quando tínhamos uns 12 ou 13 anos. Desde essa altura que temos tocado juntos, com um número de concertos em duo que tem sido crescente nos últimos 4 ou 5 anos, mas também pela formação do trio “Origens” com a inclusão da Carolina Constância no Violino. Por isso, somos companheiros de palco e de projectos musicais mas, antes disso, Irmãos e amigos.
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És um grande consumidor das redes sociais, em termos promocionais. Praticamente, todos os dias, colocas vídeos com músicas e técnicas diversas. Qual é o objectivo?
Sim. Visito as redes sociais, diariamente, para me manter informado. Claro que é preciso filtrar a maior parte do que é noticiado. O segundo motivo é para dar a conhecer o meu trabalho. Esse trabalho assenta, a cem por cento, na Viola da Terra. Por isso é importante dar a conhecer a Viola, promover, ensinar e partilhar. É um trabalho difícil, pois tem de ser contínuo. Muita gente conhece a Viola, hoje em dia, principalmente os mais novos, por causa dos meus vídeos.
Essa partilha tem uma dupla função: por um lado, disponibilizar material a quem quer aprender a Viola, ou simplesmente ouvir as nossas modas. É uma mais valia, a meu ver, pois eu não tive esse tipo de apoio quando quis aprender Viola ou desenvolver mais os meus conhecimentos. Tenho alunos a aprender determinada música e gravo um vídeo que eles podem consultar em casa e estudar sozinhos. Por outro lado, pretendo manter as pessoas ligadas ao trabalho que desenvolvo, criando contactos, amizades e colaborações que são importantes para a minha vida profissional. Chego a organizar eventos ou a combinar concertos quase só pela troca de mensagens no Facebook, por exemplo.
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Para finalizar, recentemente disponibilizaste no teu canal de Youtube o teu primeiro disco, “Origens”. A que se deveu isso?
O meu objectivo é de que as pessoas conheçam o meu trabalho.
Actualmente, o principal mercado para os meus trabalhos são os Emigrantes, Turistas, e as pessoas que assistem aos meus Concertos ou aos meus lançamentos. Por isso estava na altura de disponibilizar o meu primeiro CD, editado em 2012, para todos os que estiverem interessados em ouvir e para chegar a mais pessoas para lá da “restrição” das Ilhas. Quem quiser mesmo o CD acredito que vai sempre querer adquirir o original.
Dentro de alguns meses também irei disponibilizar online o meu primeiro livro do “Método para Viola da Terra” uma vez que está prestes a esgotar a edição física.
Ao mesmo tempo, para além de projectos com outros músicos, preparo um novo CD a solo para ser lançado no final de 2019.
In Açoriano Oriental de 22 de Março de 2019.
Entrevista da responsabiliade de José Andrade.
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Tertúlia Cultural com António Ribeiro
dos UHF na Fajã de Baixo
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No passado sábado, dia 23 de Março, o Centro de Estudos Natália Correia recebeu uma tertúlia cultural inserida no lançamento do livro “És meu, disse ela” de António Manuel Ribeiro, o fundador e vocalista dos UHF.
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A sessão foi organizada pela Junta de Freguesia da Fajã de Baixo, com apoio da Fundação INATEL e com a coordenação do Dr. Adélio Amaro.
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António Manuel Ribeiro contou alguns dos episódios do seu livro, sobre o caso de “Stalking” de que foi alvo de 2003 a 2012, por parte de Cristina/82, uma mulher de quem nada sabia e que começou a persegui-lo e a atormentá-lo, num cerco infernal. Atacou-o com milhares de mensagens, chamadas, esperas, perseguições, delírios inimagináveis. Alvo de “stalking”, um dos primeiros casos conhecidos em Portugal e o primeiro a ser julgado no nosso País. António Manuel Ribeiro foi obrigado a travar uma luta judicial para voltar a ter vida pessoal.
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A tertúlia contou com as intervenções musicais de Raquel Dutra, acompanhada por Jorge Dutra e Adílio Soares com dois temas do Cancioneiro Açoriano, de Rafael Carvalho que apresentou um tema original e um tema do repertório instrumental tradicional a Viola da Terra, de Luís Dos Anjos que interpretou “Cantiga da Terra” e “Fado Hilário” acompanhado por Rafael Carvalho.
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Também houve vários momentos de poesia, de Natália Correia, declamada por Amelia Sophia e José Vaz.
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A sessão terminou com "Cavalos de Corrida" na voz de António Manuel Ribeiro acompanhado na viola da terra por Rafael Carvalho.
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https://www.youtube.com/watch?v=GBhjdkzvmFc" target="_blank" rel="nofollow">Pode ouvir aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GBhjdkzvmFc ;
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Viola da Terra na Sessão Solene de Abertura do "XXIV Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América"
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O Músico Açoriano Rafael Carvalho foi convidado pelo Município de Ponta Delgada para um momento musical em Viola da Terra na abertura do "XXIV Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América" que decorreu a 12 de Março no Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponta Delgada. O Músico fez uma breve explicação do Contexto da Viola e executou dois temas do Repertório Instrumental da Viola da Terra: "Saudade" e "Pezinho" (Velho).
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"O Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América é um marco no âmbito da sua especialidade. Reúne profissionais de áreas tão diversas como conexas, que são a sociologia, a história, a filosofia, a comunicação, a economia, a política, a literatura e muitas outras.
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Ao longo dos anos, este Congresso reuniu centenas de professores e pesquisadores de diversos continentes. Nesta XXIV edição, o Congresso Internacional de Antropologia de Ibero-América, terá lugar em Portugal (Ponta Delgada – Açores), com os temas: “Museus, Turismo e Património", demonstra, mais uma vez a atualidade dos temas antropológicos e vem com o mesmo espírito multidisciplinar e de agregação, que o faz também multi-institucional, e integrado à contemporaneidade.
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O Congresso será realizado em Ponta Delgada, nos dias 12, 13, 14 e 15 de março de 2019, com a participação da Universidade de Salamanca (Espanha), Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (Brasil), Universidade dos Açores (Portugal), Instituto de Investigaciones Antropológicas de Castilla y León (Espanha), Sociedad Española de Antropología Aplicada (Espanha), Sociedade Ibero-Americana de Antropologia Aplicada (Brasil, Países da América Hispânica e Espanha), Mestrado em Património, Museologia e Desenvolvimento da Universidade dos Açores (Portugal), Master Universitário en Antropología de Iberoamérica de la Universidad de Salamanca (Espanha) e do Grupo Arcos – Pró-Resgate de Memória Histórica, Artística e Cultural de Biguaçu/SC (Brasil).
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A direção do Congresso, nesta sua versão portuguesa, está a cargo do Professor Doutor Angel Espina Barrio (Universidade de Salamanca e Sociedade Espanhola de Antropologia Aplicada), do Professor Doutor Luiz Nilton Corrêa (Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina) e do Professor Doutor Rui de Sousa Martins (Universidade dos Açores)."
(fonte: https://plataforma9.com/congressos/xxiv-congresso-internacional-de-antropologia-de-ibero-america.htm)
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Mais notícias sobre o evento:
Telejornal da RTP Açores de 13 de Março:
https://www.youtube.com/watch?v=Yd2N13fqzIE" target="_blank" rel="nofollow">https://www.youtube.com/watch?v=Yd2N13fqzIE
https://www.youtube.com/embed/Yd2N13fqzIE" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>" target="_blank" rel="nofollow">
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Rafael Carvalho disponibiliza, online,
o seu álbum “Origens”.
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O músico Açoriano Rafael Carvalho disponibilizou hoje, dia 2 de Março, no seu canal de Youtube, o seu primeiro álbum a solo intitulado “Origens”.
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Em 2012 o músico apresentava um trabalho discográfico com 10 faixas, sendo cinco delas originais seus para Viola da Terra, algo que acontecia pela primeira vez nos Açores. Esse álbum foi o início de um percurso em que o músico, já com 4 álbuns editados, apresentou até à data mais de 15 temas originais para este instrumento tradicional Açoriano. “Origens” foi também uma afirmação para a Viola e garantiu o seu propósito de chegar a outros públicos e de ter conseguido que a Viola da Terra passasse a ser vista e ouvida de outra forma e com outro respeito.
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Rafael Carvalho tem o seu canal de Youtube desde Outubro de 2008. O mesmo foi iniciado com o objectivo de colocar vídeos que ajudassem à divulgação do instrumento e à aprendizagem do mesmo em qualquer parte do mundo.
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Uma década depois o músico já disponibilizou mais de 700 vídeos, com centenas de peças tradicionais ou adaptadas e com inúmeras aulas de Viola da Terra. O canal conta com mais de meio milhão de visualizações e com mais de 700 seguidores.
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O canal de Youtube “carvalhorafa1980” tem, agora, as 10 faixas que fazem parte do CD “Origens”, pretendendo disponibilizar estes conteúdos para todos, garantir a continuação da sua divulgação e trazer a Viola da Terra e os trabalhos editados em “disco físico” para as plataformas digitais.
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Link para ouvir todo o álbum:
https://www.youtube.com/watch?v=CLxO60q5nS0&list=PLiSeUl9UCyWm7eup6De4ZO9vt8hCwhZ9m
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Trio de Violas da Ribeira Quente -
VI Festival da Malassada
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O Trio de Violas da Ribeira Quente actuou a 24 de Fevereiro na Ribeira Chã no "VI Festival da Malassada" organizado pela Junta de Freguesia.
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O Trio, composto por César Carvalho (Violão e Voz), José Braga (Viola da Terra e Voz) e Rafael Carvalho (Viola da Terra e Voz) tinha feito a sua primeira apresentação há 2 anos, no mesmo festival.
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Do repertório do trio constam temas do Cancioneiro Popular Açoriano, como Pezinho da Vila, Olhos Pretos, Balho da Povoação, havendo ainda lugar para umas cantigas à Desgarrada e para a execução de alguns temas instrumentais do repertório solista da Viola.
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A Viola da Terra nas Escolas
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Na última década, o músico e professor Rafael Carvalho, tem se deslocado a várias Escolas para dar palestras sobre a Viola da Terra e sobre o seu contexto e importância no passado e presente dos Açorianos.
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O objectivo é de levar aos mais novos algum conhecimento sobre o instrumento, provocar o diálogo e despertar a curiosidade. O músico costuma projectar vídeos de tocadores de Viola de outras Ilhas dos Açores e costuma executar alguns temas ao vivo, passando depois por um momento final de experimentação do instrumento por parte dos alunos.
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Estas sessões têm decorrido em salas de aulas, auditórios ou bibliotecas, consoante o público alvo e o número de alunos envolvidos.
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A última sessão decorreu no Auditório da Escola Básica Integrada da Maia a convite da Equipa da Biblioteca Escolar da Escola, onde estiveram presentes mais de uma centena de alunos e seus professores. Na sessão o músico contou com a participação do aluno José Ferreira que, sendo seu aluno no Conservatório Regional de Ponta Delgada e na Escola da Maia, apresentou 2 temas em Viola da Terra para os colegas. O impacto junto dos alunos é sempre maior quando podem assistir aos seus colegas, da mesma idade, a tocar um instrumento musical.
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São momentos que despertam sempre a curiosidade e interesse mas que não são suficientes para abranger todos os alunos de modo contínuo e com resultados directos. Rafael Carvalho apelou ao ensino da música tradicional Açoriana nas salas de aulas das escolas dos Açores. Referiu que, desde 1987, se ensina o “braguinha” nas escolas da Região Autónoma da Madeira e que, desde 2006, se desenvolve o projeto “Cante nas Escolas”, nas escolas do 1º ciclo do ensino básico, no concelho de Almodôvar e Serpa, onde as crianças aprendem o Cante acompanhadas pela Viola Campaniça.
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Estas formas de se ensinar a Cultura Popular de cada Região, por intermédio da sua música e dos seus instrumentos tradicionais, são um passo que a Região Autónoma dos Açores necessita de implementar, e tem de ser junto dos mais novos, para que cresçam com esse conhecimento e com a curiosidade de quererem saber e aprender mais.
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As sessões têm passado por Escolas do Ensino Básico e Secundário, a convite de Professores ligados à lecionação das disciplinas de Cidadania, Música, História, bem como a convite dos responsáveis pelas Bibliotecas das Escolas. O músico foi, ainda, por duas vezes, à Universidade dos Açores, a convite de professores ligados ao Património e Antropologia. Estas sessões dependem da disponibilidade do orador, pois são realizadas fora do seu tempo de actividade lectiva. Rafael Carvalho tem oferecido os livros do seu “Método para Viola da Terra” às Bibliotecas de várias Escolas por onde tem passado de modo a que possam estar disponíveis para os professores que desejem trabalhar a nossa música tradicional.
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Fotografias: Luis Torres
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